Faz hoje uma semana o anúncio da restruturação do Grupo Sporting.
Sobre este tema gostaria de reflectir um pouco tentando perceber porque mudamos tanto.
A grande alteração foi tentar emagrecer o universo empresarial, como é caso da extinção da Sporting Gestão, empresa partilhada do Grupo que prestava serviços financeiros (gestão corrente etc.). O problema deste emagrecimento é a dúvida que tenho na sua execução práctica.
Não é condição suficiente alterar estruturas sem alterarmos mentalidades, e se reconheço em alguns caso competencia de alguns dos administradores, tenho reservas quanto a outros que regressam quando mudam os Governos, tenho dúvidas também, apesar do respeito, de atletas que jogam e são colaboradores em Empresas Sporting, parecendo-me dificil de conciliar, e, tenho dúvidas sérias na competência de alguns como (por ex.) o sr. Rui Meireles, que é apresentado no site do SCP como administrador da holding.
Nos últimos 10 anos foram criadas e extintas mais de uma dezena de empresas no Grupo Sporting, algo que pela mutação natural do tecido económico e nomeadamente do negócio futebol poderia servir de base, mas, como sabemos não chega para justificar, pois os últimos anos revelaram um passivo de mais de 300 milhões de Euros, e não foram essas mudanças de "nomes" que nos ajudou.
De uma vez por todas o Sporting tem de mostrar o que quer para os próximos 5/10 anos como Empresa e que meios vai utilizar para alcançar objectivos. Se no campo desportivo estamos nos últimos anos a construir o novo Ajax do futebol europeu, temos de construir também uma cultura empresarial com visão e valores de modo a sermos exemplo não só em Portugal, como no resto da Europa.
Não quero fazer mais nenhum cavalo de batalha, quero apenas que as mentalidades mudem. Que se premeie o mérito em vez de termos "boys", que se invista numa maior e melhor relação de proximidade com sócios, adeptos, parceiros, etc, para que seja possível construir um Sporting forte e credível.
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