quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Finalmente

Estava a ficar preocupado com o acto eleitoral que aproxima-se no nosso clube. Estava a ver que ninguem ia discutir nada, e tudo ia falar a uma só voz. Esta semana finalmente apareceram 2 vozes com criticas, João Rocha e Dias da Cunha. O primeiro contra Roquette e o segundo contra Soares Franco.
João Rocha decidiu focar o seu ataque no Projecto Roquette: "O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa". Juntou igualmente algumas acusações graves contra o ex-presidente do Sporting quando afirma que primeira coisa que Roquette fez quando saiu foi vender todas as acções da SAD que tinha comprado, o que originou que os sócios perderam quase 14 milhões de contos só na subscrição e nos resultados negativos. Apesar de algumas criticas serem justas, a verdade é que o tipo de gerência da altura de João Rocha não tinha as exigências de hoje.
Já Dias da Cunha afastou-se de Soares Franco no que toca à ideia de alienação de património. O que é estranho porque a venda de parte do actual património imobiliário - nomeadamente o edifício-sede - estava prevista no "project finance" que foi concluído no último Verão entre o Sporting e o consórcio bancário, ainda durante a presidência de Dias da Cunha. Esta tal não venda do património é apontada como uma das razões para o actual défice orçamental, projectado em 16,8 milhões de euros. Segundo ele esta operação configurou-se sempre como uma operação financeira e não como uma venda sem retorno. A solução para a tesouraria do clube passaria pela colocação do património em fundos imobiliários. Ao que parece Dias da Cunha não gostou da forma alarmista como o líder interino e futuro candidato abordou a situação financeira do clube.
Espero que o Sportinguismo esteja vivo!!! Um Clube vive dos sócios, logo vive de opiniões diversas, de debate constante. Espero que esta seja a oportunidade de os sportinguistas discutirem o futuro do seu clube, e levantarem dúvidas sobre decisões que num passado recente aparentavam ser unânimes. Esperava era que essas duvidas fossem levantadas por alguem com futuro e não tenha de ser os elementos do passado do nosso clube a dar a cara, como esta a acontecer!!!
Eu sou contra a venda do patrimonio para já, essencialmente porque esse patrimonio não está rentabilizado. Um coisa é vender o Alvalaxia como um centro comercial com consumidores outra é vender o mesmo imovel sem consumidores!!! Primeiro deve-se rentabilizar esse patrimonio e depois sim vender e dai obter um bom encaixe financeiro. O Sporting não é gestor de centro comerciais, deve ser focar-se onde sabe: desporto!!! Mas isso não quer dizer que vamos vender aos desbarato um activo do clube. Não aceito soluções simples... o mesmo aplica-se ás modalidades amadoras, a solução simples é fechar, a solução de quem é inteligente e criativo é obter formas de financiamento das mesmas... é este tipo de ideias que quero ouvir de alguem para merecer os meus votos nas eleições. Espero que apareça alguem credivel a dar a cara por novas ideias para o nosso clube.
Dia 23 é importante a presença dos socios do Sporting na AG...
Um grande clube como este tem que ser assim!!! Força Sporting

1 comentário:

PiKiNiKi disse...

Em relação ao Alvaláxia é um projecto que tem tudo para dar certo, apenas é necessário alguém com experiência a gerir aquele espaço. Falta uma a duas lojas âncora, que puxem os clientes... A localização não podia ser melhor com o metro do campo grandes a escassos 250 metros.
Espero que não seja preciso vender aquilo ao preço da Chuva para depois um "Belmiro" fazer daquilo um sucesso.