segunda-feira, maio 11, 2009

Uma parte interessante da entrevista de Manuel Fernandes...

Não podia deixar de registar as palavras de uma verdadeira referência do Sporting, o eterno 9 e capitão do Sporting, Manuel Fernandes, sobre a forma de estar de uma pessoa, que tem virtudes, mas tambem muitos defeitos e cujo o nome tem sido apontado carta para o acto eleitoral que aproxima-se... Luis Duque... pessoa que não pode deixar de ser apontado igualmente como uma das personagens principais do desvario financeiro que reinou no nosso clube...

R - Mais tarde voltou como treinador principal...
MF - Que era um dos meus maiores sonhos. Mas quando cheguei ao Sporting senti logo que tinha sido enganado. Mal cheguei pensei logo em sair, porque soube imediatamente que o clube tinha contratado outro treinador. Mas como houve reações contrárias dos adeptos, foram buscar um homem da casa para dar uma satisfação ao povo, com o intuito de o calar. Quem se entalou fui eu.
R - Era o Mourinho quem estava para ir?
MF - Exatamente, era o Mourinho. Pensei melhor e fiquei: estava no meu clube, sentia o carinho das pessoas e, mesmo sem ter escolhido a equipa, aceitei geri-la, na esperança de fazer um grupo à minha imagem na época seguinte.
R - O que lhe dizia Luís Duque, líder do processo?
MF - Não dizia nada, embora tivesse sido ele a levar-me para o Sporting.
R - Mas foi ele também quem tratou de tudo com Mourinho...
MF - Pois foi. Por isso eu digo que fui enganado. Mas o pior é que, quinze dias ou um mês depois disso, saiu do clube. Nessa altura percebi o que me esperava. A certeza de que não continuava aconteceu quando ganhei 3-0 ao Benfica e conquistei a Supertaça ao FC Porto. Tudo porque não aceitei ficar com um futebolista sem classe para jogar no meu clube.
R - Quem era o jogador?
MF - Cáceres, um anãozinho que para lá andava e por quem o Sporting já pagara 60 mil contos pelo empréstimo. A contratação definitiva ficaria em 400 mil contos. Atirei-me ao ar e disse que o meu clube não pagava essa fortuna por um jogador daqueles. Assinei nesse instante a sentença de morte no clube. Foi pena, porque havia uma boa base de trabalho. Era só varrer o lixo que para lá andava e dar uns retoques no resto. Tenho a certeza de que hei-de regressar um dia, noutras circunstâncias.

1 comentário:

Anónimo disse...

M.Fernandes como Mister e que traga o Carlão