O Sporting e José Veiga chegaram hoje a acordo no processo interposto pelo clube por crime de ofensa e difamação por declarações proferidas pelo empresário no âmbito da transferência de João Vieira Pinto para Alvalade em 2000/2001.
No texto do acordo, já homologado pelo tribunal, José Veiga afirma que nas declarações proferidas sobre aquele assunto, entre Novembro de 2006 e Fevereiro de 2007, "não teve intenção de ofender ou denegrir a honra e bom nome do Sporting Clube de Portugal e da Sporting - Sociedade Desportiva de Futebol, S.A.D., nem dos seus dirigentes, mas tão somente defender a sua honra e o seu bom nome".
No documento, o empresário reconhece que os sentidos que podem ter sido atribuídos às suas declarações - de que os valores referentes à contratação do jogador poderiam ter ido para dirigentes do clube e de que estes tentaram enganar os órgãos de investigação criminal - "não correspondem à verdade".
José Veiga diz que "sempre lamentará os efeitos negativos que as suas afirmações, nomeadamente interpretadas nos sentidos acima referidos, tenham tido ou possam ter na esfera" do clube e seus dirigentes.
O Sporting admite, por sua vez, que as referidas declarações de José da Silva "foram motivadas pela perturbação sofrida pelo mesmo em virtude da sua detenção e interrogatório" no âmbito do processo de transferência do jogador para Alvalade, a correr no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, "bem como da intervenção do Sporting no mesmo, nomeadamente através da sua constituição como Assistente".
Com base nestes pressupostos, o clube e dirigentes declaram aceitar "as explicações" e desistem do processo, retirando a acusação particular e anunciando também que vão renunciar à qualidade de assistentes no processo a decorrer no DIAP.
O advogado do Sporting, Rui Patrício, mostrou-se satisfeito com o acordo e considerou que foram "repostos o bom-nome e a credibilidade do clube e dos seus dirigentes", acentuando que "eram estes os únicos objectivos do processo que agora terminou".
"Muito sinteticamente, José Veiga apresentou explicações sobre as razões pelas quais tinha dito o que disse. Reconheceu que o sentido daquilo que disse não corresponde à verdade e nós aceitámos essas explicações e desistimos do processo", disse.
Já o ex-empresário, em declarações aos jornalistas no final da sessão, disse que "não retira uma vírgula" ao que disse e que está "perfeitamente tranquilo", acrescentando que "foram os advogados que propuseram o acordo" e que não moveu um processo contra alguém.
Lusa - Expresso
1 comentário:
depois do Vigarista chegar á porta do tribunal, após um acordo, e dizer ""não retira uma vírgula" ao que disse, o minimo que o Sporting devia fazer era voltar a colocar um processo em Tribunal contra esse Palhaço...
Enviar um comentário