Ivaylo Stoimenov Iordanov foi um grande capitão do nosso clube. Não era um jogador que deslumbrava, mas foi sempre um lutador incansável na defesa do seu Sporting. Chegou em 1991, pelas mãos de Sousa Cintra, juntamente com o melhor dez que alguma vez vi de verde e branco: Krassimir Balakov (que saudades daquele pé esquerdo!...). Eram dois desconhecidos, embora Iordanov viesse rotulado de goleador. A pouco e pouco foi ganhando o carinho dos adeptos pela sua forma de estar e, acima de tudo, pela entrega em campo. Em anos de seca leonina, o búlgaro representava a revolta que nos invadia devido à ausência de títulos. Em 1995 (não foi justo tanto tempo, pois não?) ganhámos a Taça de Portugal. Com uma super equipa, é certo, mas Iordanov fazia parte dela. E vencemos o Marítimo no Jamor com dois golos da sua autoria. Essa equipa foi-se desmantelando aos poucos (por exemplo, Figo e Balakov abandonam o clube depois dessa conquista), mas Iordanov continuou. Sempre com aquela garra, a fibra dos campeões. Mais tarde, com a saída de Oceano, passa a ser um dos capitães. Braçadeira bem entregue. Era um líder. Um ídolo. Estatuto que ganhou, não pelas fintas, mas à conta do carácter, da dignidade e da humildade. Em 2000 (não foi justo tanto tempo, pois não?) sagramo-nos campeões nacionais. Iorda, mais uma vez, estava lá. Só participou em 11 jogos desse campeonato memorável, mas estava lá. Era o capitas. E, naquele 14 de Maio, chorou de alegria, de emoção. Chorou como eu chorei e, como muitos de vocês, certamente, também choraram.
Termina a carreira no ano seguinte e deixa a marca de 222 jogos e 70 golos de leão ao peito.
Agora, aos 38 anos, e depois de, aos poucos, ter sido empurrado para fora de Alvalade, vive uma situação, no mínimo, lamentável. Iordanov reclama a organização de um jogo de despedida (merecido) e fundamenta a exigência no último contrato que assinou com o Sporting. Por sua vez, o clube diz que a organização do jogo é da responsabilidade de Iordanov e, como não foi realizado, exige uma indemnização de 75 mil euros. Isto porque constava no contrato que a receita excedentária do jogo seria para o búlgaro, ficando o Sporting com cerca de 75 mil euros, verba para pagar os custos inerentes à organização do encontro. E como Iordanov não se sente responsável por tudo isto, o Sporting contrapõe que é ele que está em dívida para com o clube, no tal montante de 75 mil euros. O tribunal decidirá. Mas convenhamos... é patético. Pedir 15 mil contos por isto. A alguém que dedicou 10 anos ao Sporting. Por favor... Só o dinheiro interessa? É por isso que sócios e adeptos se vão afastando todos os dias.
Mas, infelizmente, o nosso clube sempre nos habituou a tratar mal as suas maiores figuras. Os casos de Vitor Damas, Manuel Fernandes e Oceano são alguns exemplos. Todos eles enormes capitães. Grandes leões. Assim como foi Iordanov...
Termina a carreira no ano seguinte e deixa a marca de 222 jogos e 70 golos de leão ao peito.
Agora, aos 38 anos, e depois de, aos poucos, ter sido empurrado para fora de Alvalade, vive uma situação, no mínimo, lamentável. Iordanov reclama a organização de um jogo de despedida (merecido) e fundamenta a exigência no último contrato que assinou com o Sporting. Por sua vez, o clube diz que a organização do jogo é da responsabilidade de Iordanov e, como não foi realizado, exige uma indemnização de 75 mil euros. Isto porque constava no contrato que a receita excedentária do jogo seria para o búlgaro, ficando o Sporting com cerca de 75 mil euros, verba para pagar os custos inerentes à organização do encontro. E como Iordanov não se sente responsável por tudo isto, o Sporting contrapõe que é ele que está em dívida para com o clube, no tal montante de 75 mil euros. O tribunal decidirá. Mas convenhamos... é patético. Pedir 15 mil contos por isto. A alguém que dedicou 10 anos ao Sporting. Por favor... Só o dinheiro interessa? É por isso que sócios e adeptos se vão afastando todos os dias.
Mas, infelizmente, o nosso clube sempre nos habituou a tratar mal as suas maiores figuras. Os casos de Vitor Damas, Manuel Fernandes e Oceano são alguns exemplos. Todos eles enormes capitães. Grandes leões. Assim como foi Iordanov...
6 comentários:
Boa estreia, champ!
Quanto à situação actual do Iorda, também a considero absolutamente patética e espero, sinceramente que seja só um qualquer tipo de pressão do Dep. Juridico do Sporting para desbloquear a situação. Se por acaso algum tribunal condenar o Iorda a pagar ao Sporting e o nosso clube aceitar é a maior palhaçada dos últimos tempos!
O Sporting que aproveite a pausa de Dezembro para organizar esse jogo de homenagem/agradecimento/ovação e mais nada!
O Sporting que se guie pelos verdadeiros valores que lhe estão associados!
Atitudes destas não são à Sporting.
"Boa estreia, champ!"
Faço minhas as palavras do mistica.
Qt ao post não me surpreende..nem um pouco.
Além dos nomes referidos, ainda posso juntar Carlos Lopes, Campeão Olimpico... como é possivel o Sporting não ter o jeito de aproveitar estes Idolos para relações publicas do clube por esse Portugal e Mundo fora!!!
Não, ainda anda com processos judiciais... é triste...
Talvez se houver outra comunicação social que descreva o caso como o Champ (nomeadamente televisões...), a Direcção faça algo correcto...Os pavões que gerem o clube só se preocupam com a imagem, pottanto a única via será de colocar o escandalo em horário nobre da televisão.
Penso que recentemente iorda deu uma entrevista a revista de fim de semana do Record...onde falava tb desta situação.
Parabéns e até que enfim apareces a escrever, já não era sem tempo.
Pessoas como tu não podem estar tanto tempo sem escrever, até porque na escrita desportiva, não há assim tantos escribas com qualidade, para que possamos dar-nos ao luxo de te dispensar.
Falando agora do Iordanov, é o exemplo acabado de como NÃO SE DEVE gerir um clube de pessoas e para pessoas.
Alguem como o bulgaro que deu tudo durante 10 anos ao Sporting, não pode passar por este vexame, porque assim estão a abrir portas a todos os mercenários que por aí andam. Mais, os sócios deviam ridicularizar esta direcção que usa smoking e sapato de verniz e faze-los passar pela vergonha de haver um peditório nacional que se chamaria por exemplo "Peditório Ridiculo Nacional", em que cada adepto ou simpatizante contribuia com 1 euro (o que era fácil), e entregar ao "menino" Filipe Soares Franco a totalidade desse dinheiro.
Julgo que facilmente conseguiríamos tornar esta direcção tão rídicula quanto a outra, a da instituição, a quando da operação coração.
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