Se dúvidas ficaram em alguém, quando a actual Direcção não conseguiu estimar a participação na AG como que minimizando a Grandiosidade do Sporting, ficou ontem e hoje bem claro que para além de não entenderem a dimensão, consideram os sócios uns inergumenos.
O " ATENTADO" à inteligência do esclarecimento aos sócios publicado no site com perguntas e respostas, e a entrevista do ainda presidente (hoje), falando do passivo de outros clubes, são um insulto a todos os sportinguistas.
Por partes:
. Vemos um esclarecimento redundante, vago, pouco detalhado e explicativo da situação que vivemos e, mais importante, sem o porquê de chegar a este ponto.
Uma vez mais a culpa morre solteira, continuamos sem resposta ao pedido de responsabilidade pela politica seguida nesta última década. Não explicam o detalhe do endividamento, não explicam as verbas recebidas que deviam ter sido alocadas à construção do estádio - os 25% do Estado + verba da autarquia (julgo que 10m€)+venda de terrenos do antigo estádio. É assumido que as modalidades semi-amadoras não dão lucro, mas não existe por exemplo patrocinio na equipa de futsal, e mais ridiculo ainda é vender a ilusão da construção de um pavilhão. O restante passivo foi durante os últimos anos plenamente desvalorizado e, na época pós final da UEFA ficamos a saber que não deveriamos ter gasto 8m€ em contratações. O leasing da Academia + 10m€? Então o produto das escolas não serve para ir amortizando essa dívida porquê? Só a venda de Hugo Viana quase que pagava, e não fossem todas as vendas servirem para alimentar os buracos orçamentais da equipa de futebol entre 1999 e 2004 para os belos contratos que Srs. como Luis Duque, Carlos Freitas, Jose Bettencourt ou Miguel Ribeiro Telles fizeram a jogadores do clube (um ex: Pedro Barbosa que em 2001 assina 3 anos 900 mil contos ou na última época 8 mil contos mês + 3 mil contos por jogo realizado). Continuamos sem saber, ou talvez até se saiba, que o negócio do antigo estádio foi péssimo, gostaria de saber onde estão Godinho Lopes e Gaspar Ferreira que foram responsáveis pelo património do clube. Também gostaria de saber se sempre se confirma a ida de ex-administradores do Sporting para a empresa que adquiriu os terrenos do antigo estádio. Foram estes dois ou outros?
. A entrevista de hoje devia ser alvo de um imediato pedido de demissão. Não basta este sr. demarcar-se do passado, como que em desespero evoca situações financeiras de outrém para justificar o nosso próprio passivo. É lamentável tamanha falta de rigor e transparência, é igualmente triste vermos que se procura dizer que não existem alternativas, mas dos próprios tambem não existe. O projecto neste momento é apenas de SOS.
Sabendo que a situação é de extrema delicadeza, e que eventualmente a venda de patrimonio seja no futuro inevitável, não será arriscado dar carta branca a pessoas que não souberam gerir o clube, que nos iludiram pensando nós que tinhamos o exemplo do dirigismo, para hoje estarmos encostados à parede, preste a entrar em incumprimento...
Porque é que esta direcção não apresenta um projecto de 3 a 5 anos com objectivos definidos?
Não estamos em periodo de eleições, mas claramente já deveriam ter sido marcadas quando Dias da Cunha se demitiu. O Presidente da AG deveria perceber melhor o Sporting e os Sportinguistas, e acredito que se houvesse eleições, os projectos e candidatos surgiriam com mais segurança.
Hoje o que se passa é únicamente a discussão da venda de património como "aspirina" para os problemas do Sporting, não é uma medida estrutural, mas considerada por "ELES" como inevitável ou corremos o risco dos bancos, ditos parceiros, executarem as garantias prestadas pelo clube. Se chegámos a esta situação de ruptura exige-se mais explicações sem "areia para os olhos" e sem desesperos (já basta pensar o que fará um possível comprador de imobiliario depois de saber que estamos a cair no abismo). A única coisa garantida neste momento é que tivemos e temos maus gestores nos Sporting, incompetentes, iludidos...e são os mesmos que no próximo dia 17 vão pedir para acreditarmos no seu projecto.
Não sinto raiva, mas sim muita tristeza pela ilusão vendida à 10 anos...
3 comentários:
A iluão é dos que acham que o Sporting pode não vender património e não cumprir as obrigações com os sindicatos bancários.
Fiz um post baseado numa conversa com um sócio Sportinguita amigo que teve acesso a uma sessão de, esclarecimento sobre o projecto Soares Franco, e ele diz que não há mesmo outra solução e que Soares Franco não está disponivel para responder legalmente por incumprimento contratual, caso a alienação não seja aporvada.
Pois, mas alguém tem que responder legalmente pelo que está a acontecer ao Sporting. Eu vou votar contra a venda de património na próxima AG porque eu quero que aconteçam três coisas:
1) Há que apurar responsabilidades sobre o estado a que chegou o Sporting. Aprovar a venda do património já, serviria para branquear o passado e salvar a pele a FSF e aos oportunistas que o rodeiam. Comigo não!
2) É preciso haver eleições antecipadas, para fazer sair os notáveis da "toca" e clarificar DE VEZ as coisas. Estamos fartos de paz podre e desta oligarquia que se instalou no Sporting, e que já não tem qualquer estratégia ou ambição para o clube.
3) É OBRIGATÓRIO haver uma lista alternativa credível nas eleições para derrotar FSF e a oligarquia. Seria UMA VERGONHA se num clube com a dimensão do Sporting tivessemos mais um plebiscito em vez eleições. Há um enorme desfasamento entre a massa adepta do clube e a direcção, de há 10 anos para cá. Isso nota-se na diminuição do n.º de sócios e em assistências medianas aos jogos, mesmo quando o Sporting está na luta pelo título. Quem se lembrar da mobilização que o clube conseguia há 10 anos, sabe do que eu estou a falar. Algo está profundamente errado na ligação do topo às bases no nosso clube, que tem de ser corrigido, porque o Sporting e os sportinguistas merecem melhor que o elitismo dos actuais dirigentes.
Finalmente, se for mesmo necessário vender o património, que se venda mas com OUTRA direcção, eleita e NÃO cooptada. Quem criou a crise não tem nem capacidade, nem autoridade moral, para vender os anéis que nos restam e recuperar o clube.
Tambem estive numa sessão de esclarecimento em que por acaso FSF disse que o Sporting iria receber este ano 35 milhões de euros dos terrenos do antigo estádio. Leiam as entrevistas de Dias da Cunha no DN de sábado e Record de 13/03/06 para começarmos a perceber o que está por detrás do prejuízo apresentado e que segundo Dias da Cunha é forjado, até com documentos falsos, para
justificar as negociatas com a venda do património
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